A imagem daquela menina me
fascinou, lagrimas rolavam de seus olhos, eu não sabia por que, nem queria. Ver
aqueles olhos negros, brilhantes e chorosos era como vislumbrar um céu
estrelado em uma noite escura, me perdi na imensidão daquele olhar que era puro
e inocente.
Sua tristeza era bela, apesar de
tudo, era uma tristeza encantadora e poética como um dia de chuva. Enquanto eu
a olhava o mundo passava, mas só aquele olhar importava.
Ali parada sentada em frente a
minha casa, ela me encantava e me entristecia ao mesmo tempo, como um ser podia
ser tão triste e belo? Por que aquilo conseguia prender-me tanto?
Minha vontade foi de segura-la
nos braços e fazer com que despejasse tudo o que sentia em mim, porque o que
era dela vinha da alma e apesar de ser triste enriquecia os sentimentos.
Sinto que jamais poderei ver
sentimentos tão sinceros e arrebatadores como vi aquele momento, afinal ela me
fez compreender como realmente os olhos podem ser a janela da alma!
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